Big boom...


... tu ri ruuuuu
so many things in my mind...
so many persons to talk to... you're with me, that's the truth...
and now the world is calling...
la la ra la la la la...
smile with me... i certainly smile with you...

E tu?...

@Ana


O que queres ser quando fores grande?
Eu ando um pouco às aranhas. Como quando tens muitos brinquedos e a indecisão faz da tua cara um ponto de interrogação. Este ou aquele? Acabam todos por conviver no mesmo tapete. Já o tempo... Vai-te mordendo os calcanhares...
E diz...
Jornalista... fotógrafa, realizadora, artista plástica... egiptóloga, astronauta, detective, veterinária... ... jogadora de futebol, astróloga... ... ... cantora, dona de café, arqueólogo, professora de Educação Fisíca, bombeiro, professora da Primária...
As dúvidas persistem... a imaginação também...
Hoje... que eu seja uma flor no teu jardim!

Aos 19 aninhos...

@Ana


Ainda me lembro do dia em que te conheci. Fiquei impressionada é certo. Trazias um boné preto e uma forte presença. Já sabida, logo sentida. O passo firme e um sorriso aberto. Começou ali. Aquela coisa que se mal se estranha logo se entranha. A amizade.
E o Grande. Que o tempo quis tornar pequeno mas nós não deixamos.
És um dos homens da minha vida, o único Super de certeza.
É giro ver a nossa história em breves páginas. Repara: o vinyl dos Doors, o livro de banda desenhada, o Bergas, as conversas no msn. Pequeno não sei bem que andas a fazer. De volta ao msn. O diário. A viagem. O jantar em Ponte de Lima. O velho WV. Os moinhos do céu. A feira de velharias. As datas. As conversas no msn. Os planos. O futuro.
Acho que sabes mas... Gosto muito de ti. Mesmo, daquela forma naquelas partes. Que juntas fazem o todo que só a forma perfeita sabe. Enfim... complicação por complicação valha-nos a nossa cumplicidade. E o mergulho no mar da Figueira por concretizar.
Diverte-te P... Life is a fun journey...
PARABÉNS!!!
FUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU

Viernes fiesta...




Sabe bem a sexta, o fim da semana de trabalho, o início da pequena fuga para todos.
Hoje foi diferente, a época festiva assim o ditou. E como tal a faina ganhou uma nova vivacidade. Às fardas foram sobrepostas outras cores, outras peles que se encobrem talvez o resto do ano. Fica a alegria efémera que nos uniu. Que nos fez falar mais, rir mais e até trabalhar mais.
Às formiguinhas que de mão em mão levantam o castelo...

E ela pinta...

@Rosa

@Rosa
E pinta e pinta...
Ora na rua ora na oficina...
O ritual...
Quita pegatina, limpieza, primera mano de pintura, segunda mano de pintura, coloca pegatina.
E já está, mais um contentor reparado!

1... 2...

@Ana

@Ana

Roupa e sapatos. Todos os dias se monta uma pequena feira no rés-do-chão. Faz-se a selecção, a classificação e cada coisa em seu pacote. Com destinatários bem definidos: África, as lojas onde se vende a roupa e a reciclagem.
Aparece um pouco de tudo dado por tantos. Roupas largas, inúmeros sapatos de bebés, roupa interior, calçado de couro novo, mantas, chinelos de praia e até fatos de Carnaval.
Poderemos determinar a generosidade alheia de acordo com o que recebemos?
Talvez... Mas seria injusto fazê-lo. Quem dá o que tem...
Nós deixamos o nosso suor escorrer entre a prensa e os tapetes rolantes, enquanto contamos histórias uns aos outros. Pepe, o forte patusco, quer ver-me jogar à bola. Kebe em tom carinhoso diz "Ani ayuda a Jose". A pandilha feminina ri e espanta o pó determinadamente. Rosa faz de casamenteira, diz que tenho de arranjar um "xico". Daniel ensina-me cada paço como ele os aprendeu, como a ele lhe ensinaram.
Os dias de trabalho terminam assim... "Hasta manhana"
E fica comigo um aconchego.
Poderei um dia retribuir?

Cuentacuentos..


Contar uma história.
Em clima de terror, baixinho, como se fosses um velho, como se estivesses bebâdo, como se tivesses pressa.
Sentir o corpo. Pensar cada parte de olhos fechados. Voltar a imaginar o que é uma perna, um braço, a língua a escorregar, a mão a viajar no ar. O pescoço que roda e se contorce até ao peito.

Respirar. Fundo, bem no fundo de mim e conter uma letra. Gritá-la desde o diafragma até à ponta dos lábios. E ainda assim é só uma ressonância no ar. A cúpula como ela lhe chama. Na ponta do vértice volto a... dejá vu.

Contar uma história.
3 segundos de ti outra vez em mim.
Era uma vez...

Hopes...

@Ana

Estremeci ao abrir os olhos. Uma porta ao longe balançava...
Agora que adormeceste no meu peito que hei-de eu fazer?
Abraço-te devagar para que o tempo não nos escute, para que não diga que a saída é já ali, que tenho de ir porque me esperam ...
Quero ficar entre as tuas últimas palavras.
No lugar que não sei se tenho, no futuro que não existe, na despedida que parece constante.
Será para sempre efémera a nossa condição?

Cantinho...

@Ana

@Ana

@Ana

Aos poucos o espaço vai tomando conta de mim.
Deixa de ser mudo e começa o seu monólogo.
Eu observo em arrepiante tranquilidade...
Os que vêm, que vão e ficam. O que eu tenho, que é muito e às vezes nada.
Sou a recolectora das minhas próprias memórias, do que quero apaziguar no quarto escuro da mente. Mudo e passeio-me entre o que ainda não sou e já reclamo.
Gemem os meus dedos quando escrevo... porque expulsam aquilo que o silêncio do peito asfixia.
Está tudo bem... amanhã estarei noutro leito.

Tempo...

@Ana


Foi à primeira vista?
Não, já tinham passado 10 minutos.

Azul...

@Ana


@Ana

Ando a pintar as grades da minha liberdade.

No rés-do-chão onde as máquinas sustêm a arte laboral.

Onde o silêncio se solda e a alegria se sussurra.

São os duros, que entre o ferro e a lã rezam o futuro para a terra de além.

B2B?...



Estão quase de regresso...
Às longas horas de trabalho, às ideias que teimam em fugir, ao desenho que se vai fazendo um pouco dia a dia...
Também eu tenho saudades... de aprender com vocês, de riscar e rir ao mesmo de tempo, de atrapalhar em vez de ajudar, de levar um sorriso e uma humilde vontade de ajudar...
E nestes entretantos vou sonhando com o futuro... que começará por um nome...

E esta hem?...




O poder das letras ou as pequenas coincidências?
Para mim, o sorriso ao virar da esquina...

Ao primeiro mês...








Um pequeno best of... de 30 dias vivendo na mesma casa, partilhando o quarto, as rotinas, o trabalho, os objectivos.
Não nos conheciamos, não tinhamos qualquer referência entre nós, apenas uma vontade comum.
Agora?... Somos uma família. Acho que o posso afirmar assim. Temos os nossos imprevistos, os momentos tensos, as gargalhadas de encher a casa, estamos mais próximos de uns do que de outros mas estamos unidos.
Até quando? Não sei. Cada dia é uma estreia. A nossa arte é a adaptação, a tolerância, a disponiblidade. O tempo é uma menina endiabrada, que nos troca as voltas e as ideias.
Cá estaremos... Só faltam 5 meses...

Obrigado companheiros...

O nº 1000...







E depois de 22 anos aí está ele: o contentor de recolha de roupa nº1000 foi, finalmente, instalado na Catalunha. Para quem formou a Humana em Espanha, para quem já trabalha aqui há vários anos, até para mim que cheguei à pouco tempo este foi um dia especial. Reuniu-se toda a equipa no refeitório, houve discursos, sorrisos emocionados e sonhos para o futuro.
A recolha de roupa em segunda mão é uma das principais actividades da Humana e que permite sustentar financeiramente muitos dos seus projectos. Para tal o seu suporte é determinante; a forma, a localização e a manutenção. Da oficina para a rua, na rua a reabilitação e a recolha para a classificação. Noutro patamar a luta verbal com as câmaras, com os serviços, com as entidades públicas para se colocarerm mais contentores. E assim se constrói o dia-a-dia...
Reafirmaram-se os pressupostos que ditaram até aqui o caminho: união, companheirismo, vontade e determinação. Só assim foi possivél chegar aqui. Só assim se construirá um futuro melhor para África... para todos... para mim.

Venham mais 10...


Como começar?
Acho que já passámos a barreira dos 10 anos... A infância.
És a amizade intemporal desde que me conheço, desde que comecei a ser eu, a crescer como tal, a sonhar, a brincar e a cair como eu sei...e tu sabes. E agora que falo de tempo não sei se ele é nosso aliado ou inimigo. Tal como a distância. Essa vadia e traiçoeira, pelo menos comigo. Ora me protege ora derruba todas as minhas defesas.
Como dizer?
Força. A nossa palavra. Primeira e última de todas as conversas.
Porque a seguir da tempestade... Sempre estarás lá. Como eu, como posso, na minha estranha e incoerente forma.
Entre as cartas, os amores platónicos, o liceu, as conversas no gravador, a faculdade, o trabalho... a verdade é que és um eterno porto seguro. Acho que nunca te disse um obrigado com a dimensão merecida. OBRIGADO AMIGA. Pela gargalhada enorme que é a mesma desde o 5º ano, pelo comentário mordaz que me deixa de sorriso aberto, pelo equilíbrio que encontramos nos cafés no CCB.

Já fomos meninas, agora mulheres... venha a velhice. Que será passada por certo com o chá das 5 num café de alto nivél. Ainda temos tanto para fazer, acredita um dia o dia chega!
Até já camarada...

Pedido...

@Ana


Quero ir...
E preciso da vossa ajuda...
Estou a vender saudade... Alguém compra a minha presença?
Juntem por mim, pelo projecto, pelo sonho!
Dinheiro... dinheiro... dinheiro...dineiro... dinheiro...
Fundraising... 1.200€...

Fundraising...

@Ana


@Ana

@Ana

@Ana

A acção de angariar fundos, denominada no programa de voluntariado da Humana como Fundraising , faz parte de um dos objectivos a cumprir durante os 6 meses de formação. Desta forma financiamos projectos que decorrem em Moçambique enquanto aprendemos a trabalhar e a cooperar em grupo numa tarefa difícil em termos fisícos e animícos. No fim deste período cada pessoa tem de juntar 1.200€. Assim, realizámos de 1 a 7 de Fevereiro uma semana dedicada a esta actividade. Entre a Corunha e Vigo, em 2 centros comerciais ou na rua a finalidade para cada dia era juntar o máximo de dinheiro possivél.

Pedimos, tentamos pacientemente chamar a atenção. O discurso repete-se. Os nãos também. Não dou, tenho pressa, não acredito nisso, não quero saber. Assim começa o nosso cansaço. E o porquinho mealheiro não engorda. Passámos frio, olharam-nos de lado. Ao fim do dia chegamos a casa e conta-se os trocos. No dia a seguir voltamos à "guerra" como lhe chamamos.

É uma experiência marcante. Pedes como se disso dependesses quase em absoluto. Sem desespero, angústia ou inevitabilidade mas compreeendendo quem o faz por isso. Como o argentino que me sorriu enquanto falava da produção do tomate ou o rapaz do acordeão que sonhava ir a Portugal. E sabe bem quando o dia corre melhor, quando alguém nos dá um "bilhete" de 5 ou 10€.

A mim calhavam-me os cêntimos. Mas grão a grão...

Não tenho pressa... Confio.

Vai uma ajudinha?

Santiago de Compostela...



@Ana

@Ana

@Ana


Ainda hoje não sei o que foi, ou é, maior...
Se o frio ou a catedral. Se a pedra ou o cinzento que pernoitava nas ruas.
Se a vontade, se a imaginação.
Lá, no telhado, entre a cruz, o relógio e um vigilante, as tempestades serenaram.
Depois dos anónimos terem escrito caminhos, depois de todas as conquistas, depois do sangue derramado, das palavras ináudiveis, depois... Só o vento veio comigo.

Pensei... E agora? O que vês do alto da tua vaidade? Nada.
Subo e desço para voltar a sentir que é no chão que sim.
E pela dura ferida que ainda canta lá voltarei.
Para deixar pouco e trazer muito... Como no mar.

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From Galiza...
From Santiago de Compostela, where i met another me, another you...
To the pilgrims, they say, the path never ends...
The surch my friend is forever...
Tomorrow i'll send some pictures, a few thoughts and a lot a love...
Look at the ocean, kiss the stone and ligth up your heart...