Ensaio...


Incute-me a ser.
Percorro as pontes ceifadas à minha angústia,
tentando ligar-me,
acender um rasto desvanecido pelas minhas trevas.
Ensaio dar-me à matéria,
ao suporte que se resigna ao meu caminhar.
Fico vibrando ao eco deste terror.
Nódoa atenuada pelo escorrer do rio.
Pela margem da minha manga molhada de vento,
anoiteço no limbo,
liana de mim que ainda...
Vou... Fico...
Anseio pela resposta que não existe.
Músculo torpe, retorço a válvula,
reinvento a monotonia, silêncio da estaticidade.

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