Um tecto...



Na calma de um bosque...

Pano que se semeia e desvanece entre a caruma...

Camuflado o cansaço, rugas nas costas, a cabeça iluminada pelos velhos troncos.

Ali fiquei... entre as estações que levaram os meus pensamentos.

No rio, poente da minha gente, vi os peixes. As gotas a planarem sobre as copas.
O papel chorando a terra molhada. E o silêncio. Do mundo, que ficou não sei bem onde.
Ali não era eu. Era algo, uma semente da minha névoa.
Erguida. Remetida ao calafrio da nudez.

Ainda sinto a água.



Foi bom...






Palma canta "enquanto houver estrada para andar... a gente vai continuar..."
Juntos, quase nunca só, percorremos a rosa dos ventos...
Desenhámos, cantámos, conversámos...
Os sonhos guarda-os o casulo, aquela pequena casa...
E na hora do até... andorinhas...
Foi bom...

Linha...

@Ana



Parada pela espera.
De fita métrica a envolver o corpo.
A decifrar o tamanho da saudade.

O Outono seco...

@Ana

25 Dez...


O lume.
Fumo paciente enrolado no sangue das cortinas. O musgo da caixa de bombons.
As pratas coloridas das minhas mágoas. A inocente interrupção de um comboio telecomandado.
Os meus pensamentos intermitentes, perdidos nas fendas do sofá. O calendário a marcar passo na agonia do meu calo. Já passa... Está quase.
Sem querer... Já é outro dia. As faces sorridentes chamam por mim. Vem.
Alice está à nossa espera.


Ao João, à Mariana e ao Nininho

Novos votos...






Boas Festas...
Que tenham tudo de bom... À medida do que merecem... e isso é muito mais do que eu sei dizer...
Pode ser resumido assim:
Desculpa... a ausência, a irresponsabilidade, a falha ao combinado.
Obrigado... pelo apoio, pelos sorrisos, pela paciência.
Adoro-te...
A quem estou mais em falta...
Pontapé na crise malta!
Para o ano há mais e melhor!
E talvez até o Benfica seja campeão!!!
Fiquem bem...

Lucidez...



"Não vou procurar quem espero
Se o que eu quero é navegar
Pelo tamanho das ondas
Conto não voltar
Parto rumo à primavera
Que em meu fundo se escondeu
Esqueço tudo do que eu sou capaz
Hoje o mar sou eu
Esperam-me ondas que persistem
Nunca param de bater
Esperam-me homens que desistem
Antes de morrer
Por querer mais do que a vida
Sou a sombra do que eu sou
E ao fim não toquei em nada
Do que em mim tocou
Eu vi
Mas não agarrei
Parto rumo à maravilha
Rumo à dor que houver pra vir
Se eu encontrar uma ilha
Paro pra sentirE dar sentido à viagem
Pra sentir que eu sou capazSe o meu peito diz coragem
Volto a partir em paz
Eu vi
Mas não agarrei"


Ornatos Violeta - Capitão Romance

Feliz Natal...

Se fores... Vai mais longe!
Se fizeres... Faz diferente!
Se rires... Ri até chorar!
Se sonhares... Sonha mais alto!
Se arriscares... Arrisca tudo!
Se pensares... Pensa por ti!
Se saires... Sai da rotina!
Se mudares... Muda tudo!
Se contares... Conta comigo!
( Caty )
........................... Obrigado *****

Bairro...

O monoteísmo do carvalho.
Converti-me em triste sedentária e a terra é cada vez mais escassa. O sol mal queima, a água esconde-se nas fendas da miséria.
No meu quarto escuro nem todos os fantasmas entram. Nem todos os heróis abrem a porta.
O homem? Esse, espera.
O cobre queimado a seu tempo. Lá dentro o pó de nada.

Inverno...



Pudesse eu expulsar o mundo enquanto espirro.

E a mobilidade nasal se tornasse via láctea da minha angústia.


Tenho o coração constipado. Arrepios.


Membrana capilar concâva, ora convexa.



Não conheço o início da minha liberdade...
Ando sempre a tropeçar na dos outros.

Asma - no peito uma paixão que se desvanece a cada suspiro.

E a chuva?

Verbo...

A puta da malagueta que me deu a tua unha.
Os pés e as mãos juntos. Mesmo assim...
(1ª parte - Ana)
(2ª parte - Rita)

Pessoa...

"Não tenhas medo de ser.
Cresce com o coração, que ele nunca se engana.
Conta comigo!"
Idalina Calhau - 24/6/99
"As palavras erguem-se
à altura do vento
e deles nasce a nuvem
do nosso pensamento.
E a nuvem vai ou fica
- perece.
Só a Amizade existe
e aquece."
Manuela Rafael - 24/6/99



Ao que o tempo guarda...
Aos meus amigos... todos. De ontem até hoje.
A todos os papeís e símbolos que quero colar à alma...

À minha busca... ao meu encontro...?

A ti que... já...

Fui. Ao Porto.

Até já*****

Intermezzo...

Fecho a mão. Punho cerrado.
3 veias. No roxo as linhas.
Uma estranha força...
Abro a mão. Quase parece grande.
Mas tenho 5 anos...
Olho as estrelas. Vieram ter comigo.
Na dança dos dedos uma guitarra. À pouco um piano.
Estico os braços. As costas gritam.
Estou a voar.
Olho para cima. Azul.

Rolha...

Vou começar uma caça ao tesouro nova.


Para ti... para nós, na minha redundante expectativa.



A cortiça comprimida. Essencial. E agora? Se o ar se sobrepõe sobre nós.

O até... Nada gratuito, tudo pago. Até o parquímetro no coração.



Às vezes falta o papel.

Outras vezes os cêntimos.



Teimosamente sou tua. E tu minha.

Onde? Não sei.

Até quando? Pouco importa.



A verdade?

Espiríto em branco na fotografia que estremece. Pequenina.



Teasing...

Ir à Lua. Nadar no Àrtico. Casar na praia.
Tomar o pequeno-almoço em Las vegas. Pilotar um fórmula 1. Conhecer o Bono.

...

Ler um livro.
Ir ao concerto dos Xutos.
Acordar às 9:30.
Olhar para o céu.
Dizer obrigado.
Pedir desculpa.
Abraçar. Beijar.


The bloody truth...
13 de janeiro.

Olhar...

"O que sei não entendo
a minha liberdade não a vendo
por qualquer ilusão"
Natércia Freire




No seio do medo, na solidão da estrada...
Paro... e reparo...
Aqui está um pouco de fé... repouso, respiro...
a todos guardo, em todos tento ficar...
sigo... a luz está na manhã...

Encontro...


Fui dar à costa de uma nova ilha
depois de tantas viagens.
Na alma a madeira,
o chão de outro trapézio.
Brilha o palco ainda escuro
já baixinho ouvem-se palmas.
Eu, no duro sabor fico...
escorregando pelas tuas costas, no infinito da lã.

Prece...

Ensina-me a ser mais calma…
Ensina-me a ser mais tolerante…
Ensina-me a ouvir antes de falar…
Ensina-me a dar valor…
Ensina-me a gostar da manhã…
Ensina-me a simplicidade…
Ensina-me a ser mais humilde…
Ensina-me a perdoar…
Ensina-me a dar a outra face…
Ensina-me a ser uma pessoa melhor…


A quem ontem, entre tantos, me voltou a… C. S. R. R.

10:00, o sol a expulsar-me do marasmo. Eu embevecida ao seu encanto. Já me levantei. Bom dia!

... ... ...

E se a minha tristeza hoje cair no teu colo, apanhas?




além do sofá, a melhor companhia agora são os k's choice...
a noite é das estrelas...

Non sense...

A sanidade a escapar-se no granito. O trôpego andar de um fantasma.
Um dia destes activo o cronómetro da bomba. E entre a frieza da cal vão ver explosão, erosão de mim.
Qualquer dia deixo a teoria. Que tinge… no poço a esfinge…
Brinco às estatuas… e se teimas em ser pó vou dar-me ao arame farpado.
Charco de ideias, outrora sentimentos.
Joaquina, berço de burguesa, pose mantida na boquilha que escurece a existência.
Pobre.
O saco de trigo que pesa nas minhas costas. As fronteiras que com ele tenho de seguir. Mas vou, não há outra opção. Mantimentos. Previsões. Horóscopo doentio. Até já…

E nem assim consigo calar a garganta. Exclamo por ti. Quero-te, já, agora, nesta merda de milésimo de tempo que me devora as artérias pulmonares.
Aceitação.
Mintam-me.

A nova etapa...


..... Da ideia ao projecto, da afirmação à luta, do sonho...

Pontos de vista...

"Como podemos nos entender (...), se nas palavras que digo coloco o sentido e o valor das coisas como se encontram dentro de mim; enquanto quem as escuta inevitavelmente as assume com o sentido e o valor que têm para si, do mundo que tem dentro de si?"


Luigi Pirandello..............
......
.......... Pela dica que revolve o negrume da mente, obrigado.
... Pelo que ainda resiste às intempéries das cartilagens. No turpor do umbigo, revolvido no silêncio do meu sono.
...................... Não demores, não te apresses, no esquecido beijo permaneço.

Aos (re)encontros...

Deve existir uma outra
noite
onde caibamos todos

inocentemente felizes

a comer laranjas
e a discutir problemas de aromas
de flores


Francisco Duarte Mangas


........................... Ao café que nos recebe...
........ À chegada que já antecipa a reunião...
.... Aos amigos...

Na areia o mar...

@ Soraia Costa



O estrangeiro junta-se no apeadeiro. Há um fumo novo que lhe queima o olhar.



As partes separadas são revolvidas e no solo, outras sementes morrem.

Ainda assim, contar com a torrente.



Na areia desapareço. Cave de mim na água a lavrar penínsulas.


Desvanecendo na escorrência de um copo. Na aridez do teu escudo.




Lá irei... cada vez mais sem rumo, linha ou ferida traçada. Suspiros enganosos que me trazem a claridade...


E a pequenina que luta, de brio a lança, de dom... o dela. Demolindo torreões, escapando entre corredores, pautando de virtude o salão de baile.

Seixo. Polido ao correr de... Sapiente ser.

Folha...





... O ranger da minha pele enquanto as cordas sofriam não era dor.
Mas era algo, e assim nem em silêncio para que os ciúmes não nos julguem e os teus cabelos se desvaneçam nos meus sinais.
E os pontos alinhados da tua face já cantam geometricamente no meu ventre. O tecido da epiderme vendido ao suor dos teus lábios.

4 dedos de conversa...



Uma mesa que espera por nós. A luz a dourar o apetite da partilha verdadeira.

O miolo da tua sede ancorado ao sal da verdura. As conversas que giram em sorrisos, o prazer de deixar a grafitte alimentar os sabores.

O teu trapézio escorrendo no azeite. No prato as sombras de intermitente paraíso.

Gelado de toque, olfacto de chocolate, visão de bailarina.



Em casa, a família.

Momentos...

@Ana

Tijolo de vidro que desfoca a pedra da manhã.

Uma estrada que teima em adiar o nosso encontro. Assente na terra.

A dar-lhe os suspiros que decorrem do espelho.

De mim até... Ti.



..

.
..
.. .
Três.
Sab...ia.
.
.
.
Pessoa.
Pudera.
Tento ir ao teu...

Evoluir.!...?.

O antes.

Ou o depois.



Raramente o durante.

(A)manhã

Afoguei-me. Na minha vaidade.

Super......... Altar...................................... Ego.
Mata-me a amnésia.

Padrão.

Perdão
Perdão.
Perdão.


O fruto da obsessão.


.............................................................Acordei........

Preparativos...

......... ........ ... .... ......... ....... Voa voa ........ ..........



.... Endireita-se o véu das costas. Cheiro de novo aquele perfume que me leva ao passado.

Hoje é especial. Procuro encontrar as tuas coordenadas em mim. Pinto de paixão, navio que parte e volta de mim a ti. O sonho é quase o mesmo.

Anseio pela valsa. Descer as minhas pupilas sobre o teu regaço.

Um dia... Quase...

Às viagens

@Soraia Costa


........... Os meus pés a seguirem o fio do teu brilho.

Onde a pedra se esquece de nós. Suspirando de magma em magma em direcção ao sinal do teu pescoço. E aí vem a nossa religião, entendida em poucos dicionários, comum a muitas tribos.

As interrogações do teu braço na minha mão.

O sumo da Babilónia pendurado na parede.

Adormecer tempestades.

A cadeira a ranger e eu a espreitar enigmas.

........................

Para ti...
3V....
3A...
3D...
3N.....
3M.......
1A...
1S.
De mim...