S. Joan...

@Ana



Às vezes sentes uma falta e não sabes bem de quê... De repente corres o caderno, as canetas fartas da espera e a mudez cessa.
Vou à gaveta e tiro a máquina. Começo a matar a ansiedade na caligrafia à medida que guio os lábios na escuridão. Capto segundos, invento a tradução do meu olhar.
Foi na praia, havia música, corpos que se davam à metaformose enquanto o mar os esperava... Gostei de ser fagulha, de voltar a...

À Sofia...



Primeiro que tudo: Parabéns!!!

Foi ontem mas ainda a tempo aqui fica o registo desse belo marco: 25! Espero que o teu dia, e o mais longo do ano por acaso, tenha sido bem alegre!
A distância que o tempo não atenua não me faz esquecer e hoje, tal como ontem, recordo os nossos primeiros passos, as nossas primeiras quedas, as vitórias, as peripécias, os amores platónicos da adolescência ( óscar para o Herédia... lembras-te?!!! ) e as escolhas. Após 5 anos de escolinha, continuaram as cartas pelo correio, vieram as cassetes gravadas, a praia, os cafés no ccb, a universidade e até o mundo do trabalho. Novos caminhos, novas pessoas, novas vivências.
Olhando agora para tudo, e novamente longe, a verdade é que ainda nos mantemos aqui. Como tantas vezes prometemos nos livros de dedicatórias... Já muito passou... Não sei o que virá... Mas conto com o que temos. Não sei se o mereço... Mas isso são outras contas...
E sabes há coisas que são mesmo só nossas. Como a... Força!
Ah... e o depois da tempestade...
A ti amiga...

(Re) Volver...


Nada está feito...


Sandra chegou no imprevisto de um amanhã que desconhece. Traz presa a si as histórias, uma realidade que, para mim, ainda é uma miragem. Ponderada e sorridente. Eu escuto e tento ver no olhar dela a aproximação às respostas que aguardo.

Penso neste tempo. No que não sei distinguir porque me sinto a deambular. À terra que é minha pele, ao que aí vem que desejo que seja uma identidade. Está quase. E eu não sei como ir...

Os pormenores, a lista, a ansiedade?... O (meu) encontro?...


Um dia a mais. Um dia a menos.

Details...


@Ana


Um copo de vinho.
Uma mesa de fadiga disfarçada.
Palavras dispersas da janela à noite.
Uma descoberta.
A singela realidade de ter o que temos.
Não se pede mais. Sabemos que amanhã na mesma mesa, no mesmo espaço, na mesma hora nos juntamos.
À lembrança de momentos...

Return...



Fim da anestesia. Volto a encarar as páginas livres.

Aguardo a tradução do que já passou. Do que não esqueço e revivo todos os dias.

Ando pela mão do regresso em compassos intermitentes. Desconhecendo-me lá vou...

A tinta do labor leva um pouco do meu pesar.

Escorre entre as ideias o vazio do tempo. Do que não encaro e continua em marcha...

Daqui nada outra partida. Peço ao pó da estrada que me leve... Que não deixe esquecer, apagar, atenuar...

Contagem decrescente...