Crocs invadem a Guiné...

Do armazém para a organização na rua


Colocar os pares certos e em grupos para se distribuirem depois

Chefes de um agrupamento de mulheres horticultoras que vêm recolher os seus sapatos

Cores, tamanhos e formas tudo numa viva confusão

Teresa, Bebé, Margherita e eu a trabalhar arduamente...

Se há algo que não existe neste "trabalho" até agora é monotonia. Há sempre coisas por fazer e novidades ao espreitar de um armazém, neste caso. Directamente da Holanda para Bissau e de Bissau para Bissorã aí estão eles: os Crocs! Esses modelos cómodos, coloridos e de plástico... A sua produção em larga escala na China e, certamente, um vantajoso acordo diplomático entre a empresa produtora e a ADPP permitiu que cerca de 3 mil pares destes sapatos fossem distribuídos por toda a região de Bissorã. Foram contemplados 4 grupos principais: Agrupamentos de Mulheres horticultoras, Famílias de diferentes tabancas (pequenas vilas situadas no meio dos campos), encarregados de educação e alunos que estudam nas escolas da ADPP. Claro que cada funcionário da escola e da ADPP ficou com o seu par. Tudo começou por gigantes sacas que se acumulavam há alguns meses nos armazéns da escola. Tiradas as sacas vá de contar e separar muitos e muitos sapatos, fazer listas de nomes um tanto ou quanto estranhos ( Segunda N'Gonda, Cumba Tchuda, Malam Sanha, Quinta Iála, Bintá Camara... só para exemplificar) e tentar organizar o melhor possivél a distribuição. A partir da escola os pares eram levados para as tabancas pelo Gastão ou então as próprias mulheres ou chefes de famílias vinham buscá-los. E lá iam as sacas novamente, em cima de bicicletas ou na mota.

Divertido e cansativo.

Muita cor e muita confusão.

Muitos sorrisos e satisfação de quem recebia algo novo.

Como se diz por aqui: "Manga di sapatos ki nos tissi gosi!" ( Muitos sapatos que nós temos agora)

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